Ação, alinhada a outras relacionadas ao Abril Literário e ao Dia Mundial do Autismo, teve como foco a contação de histórias e foi um sucesso junto às crianças
A professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na EPG Visconde de Sabugosa, Maria da Conceição Alves dos Santos, elaborou atividade com alunos do ensino fundamental que os levaram a refletir sobre crianças com autismo. A ação, alinhada a outras relacionadas ao Abril Literário e ao Dia Mundial do Autismo, comemorado no dia 2, teve como foco a contação de histórias e foi um sucesso junto às crianças.
“Eu sou autista e sou muito inteligente”, disse o Heitor. “Você sabia que eu sou autista?”, questionou o Guilherme. Já o Brayan fez questão de enfatizar: “Oh, prô. Meu pai é autista, igualzinho eu”.
Após a contação, a forma como os educandos interagiram entre si e com os demais professores surpreendeu a educadora. Ao idealizar a atividade, Conceição explica que tomou como base a Proposta Curricular Quadro de Saberes Necessários (QSN/2019). “Pensei numa forma lúdica de desenvolver o tema, considerando a realidade dos alunos e vivências em sala de aula sobre interação, relacionamento e desenvolvimento de todos num processo de aprendizagem”, explicou.
Inspirada na história Autismo: uma realidade, do escritor Ziraldo, Conceição trabalhou com questões relacionadas ao autismo de forma lúdica em sala de aula e, de forma simples e amplamente inclusiva, colocou os educandos diante das principais necessidades dos colegas com deficiência.
“Para garantir uma interação inclusiva e acolhedora, busco sempre promover um ambiente de respeito e compreensão, sensibilizando os alunos para as necessidades específicas do colega. Observo atentamente a interação, identificando momentos de inclusão e diálogos positivos entre todos. É importante encorajar e incentivar essas ações, valorizando a empatia, a tolerância e a amizade”, explicou Elaine C. Pinto, coordenadora pedagógica da unidade escolar.
Após a contação da história e das devolutivas dos alunos, foi possível perceber que as crianças passaram a interagir com os amigos de forma mais compreensiva e respeitosa. Na sequência dessa atividade, a professora pediu aos alunos que fizessem ilustrações sobre a história.
“Encantador ouvir os discursos deles, bem como o interesse e os resultados das ilustrações enquanto avaliação final com os desenhos de colegas da escola com autismo, familiares e amigos, tudo isso traz uma conotação de aceitação e cuidado ao trabalho realizado”, finalizou Conceição.
A educadora ressaltou ainda que a conscientização sobre o autismo desempenha um papel importante frente à sociedade, assim como variadas deficiências ou condições do sujeito.