Victor, 7 anos

“Ofereci para as crianças da minha turma de 2º ano uma folha de sulfite e uma canetinha preta. Escolhi esses materiais porque optei por privilegiar, num primeiro momento, o desenho. Queria que as crianças pensassem no desenho e depois nas cores.  Expliquei que eles podiam fazer um desenho livre com a canetinha e colorir da maneira que eles preferissem; e se eles não quisessem colorir poderiam deixar o desenho do jeito que eles achassem melhor. Conversamos também sobre o que era desenho livre e que eles poderiam desenhar o que sentissem vontade.

Trouxe o desenho do Victor, pois me chamou atenção a construção do seu desenho. Victor estava bastante envolvido com a produção. Nada tirava sua atenção. Ele desenhou, experimentou a canetinha com batidinhas na sulfite, fez vários desenhos e por fim fez um chapéu com a sua folha. Na hora de entregar, ele desdobrou a sulfite e disse assim:

– Prô, eu queria fazer o Naruto, mas eu não consegui. Então, eu fiz uma batata. Esses outros aqui eu não sei o que são.

Durante a elaboração do desenho, Victor estava se divertindo, experimentando e brincando. Estava tão divertido, que ele nem reparou que as outras crianças o observavam e imitavam seus desenhos e as batidinhas da canetinha. Outro aspecto interessante na produção do Victor, foi que ele tentou fazer um personagem e apesar dele não conseguir fazer do jeito que ele imaginava, ele não deixou de desenhar. Muito pelo contrário, a brincadeira de desenhar e experimentar a arte continuou e só parou quando eu pedi para as crianças entregarem o desenho.”

Professora Thais Regina

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