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11ª Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos reúne mais de 50 mil pessoas em espetáculos descentralizados



Por Carla Maio
Publicado em 03/12/2019
Editado em 14/01/2020, às 13:31

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Ao longo de seus nove dias de duração, a 11ª edição da Mostra de Teatro de Guarulhos encheu a cidade com alegria e muita animação, com espetáculos gratuitos em diferentes regiões do munícipio, que aconteceram no Jardim Flor do Campo, Recreio São Jorge, Cabuçu, Parque São Miguel e centro.

O encerramento desse grande evento, que mobilizou os espectadores do calçadão da Rua Dom Pedro II no último sábado (30), se caracterizou como verdadeira troca entre os artistas e a população, que em meio às compras de final de ano, ainda tiveram a oportunidade de se divertir com a atuação dos grupos Bando Goliardxs, Núcleo Sem Drama e Na Cia. da Cabra Orelana. 

De acordo com o secretário de Cultura, Vitor Souza, a realização dos espetáculos da Mostra de forma descentralizada permite a democratização ao acesso à cultura e vão ao encontro do munícipe onde ele está: “O Teatro de Rua é uma das maiores manifestações que possibilitam se pensar a vida urbana. Atividades como essa também têm grande potencial para unir o poder público, artistas, empresários e a população da cidade”, observa o secretário.

Para o sucesso desta edição, Rodrigo Maia, integrante do Movimento Cabuçu e Produtor da Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos, observa que o engajamento de cada artista participante foi o diferencial para sua realização: “Mobilizamos de forma direta e indireta mais de 50 mil pessoas, com espetáculos que aconteceram nos CEUs, Escolas da Prefeitura, na Área de Proteção Ambiental Cabuçu Tanque-Grande, centro de Guarulhos e Sesc Guarulhos”, explica. Maia lembrou ainda que a tradicional camiseta da Mostra, que neste ano teve a arte desenvolvida por Jennifer Bueno, teve o cuidado de erguer múltiplas causas, que vão desde as vertentes sociais, culturais, ambientais e a inclusão de temas como o autismo e a acessibilidade. 

Oziel Souza, diretor da Mostra de Teatro de Rua, elogiou as parcerias que permitiam a realização do espetáculo em diferentes espaços da cidade. “O formato deste ano deve ser repetido no ano que vem, ampliando as apresentações em espaços pedagógicos que conciliam os CEUs e as escolas”. Além das apresentações inseridas em espaços como o Sesc Guarulhos, Oziel enfatiza a riqueza do tradicional cortejo da Mostra no Cabuçu, essencial para que o evento se aproxime das pessoas, das homenagens e vivências do Movimento Núcleo Cabuçu junto aos movimentos de Teatro de Rua de São Paulo e Guarulhos (MTR-SP e MTR-GRU) e da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR).

Nova geração de artistas    

Para Jennifer Bueno, atriz e integrante do Movimento Cabuçu a 11ª edição da Mostra marcou um novo ciclo para produção, artistas e público: "A Mostra de Teatro de Rua é um canal incrível de debate, diversidade e provocação, que nos coloca a pensar menos em nós e mais no todo, um espaço de conversa e troca de experiências”, comemora. Segundo a atriz, um dos pontos mais lindos deste ano foi a presença de uma nova geração de artistas, surgimento de novos grupos e a ascensão de jovens atores e produtores. “Essas pessoas chegam ao cenário cultural atual com energia e peito aberto para ressignificar o espaço público e assumir as causas da Mostra e as lutas do Teatro de Rua; eles são frutos desses 11 anos de resistência”, vibra Jennifer.

Para a atriz e cineasta Janaína Reis, que integra a Cia Los Xerebas e a Cia Bueiro Aberto, a Mostra de Teatro de Rua é essencialmente um encontro, um grito. “Tive a honra de documentar esta história e de fazer parte dela. Este ano com todas as dificuldades, contrariando as estatísticas cá estivemos nós na rua, dando nosso recado. A abertura com a exibição do documentário e uma roda de conversa para debater sobre o cenário das artes cênicas de rua se constituiu de um encontro potente de vozes que somam no coro, da luta pela preservação do meio ambiente, pela arte e pela liberdade”, relata. 

A trupe do Bando Goliardxs afirma que a ação real dessa Mostra vem de forma potente e transformadora ao criar espaços de troca entre artistas e suas pesquisas: “Ao propor a ocupação e apropriação do espaço público como lugar democrático e de direito de todos e, principalmente ao fortalecer a arte de rua e valorizar o trabalho autônomo e independente de artistas que têm na rua um lugar de estudo e prática”, enfatiza.

Segundo Marcelo Palmares, ator e articulador do Grupo Pombas Urbanas, foi uma honra estar em cena na 11ª Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos realizada pelo Movimento Cabuçu. “Comemorar 30 anos de grupo, de teatro e vida, e ter renovada a percepção de que mais uma vez o Teatro de Rua vem intervir no cotidiano cinzento e polarizado para mostrar que todos os espaços precisam ser ocupados, ressignificados, transformados, para arejar os poros e refrescar os olhos de seu público dando-lhe novas perspectivas e semeando a utopia e esperança”, parabeniza. 

A 11ª Mostra de Teatro de Rua teve o apoio da Prefeitura de Guarulhos e da Escola 360, que por meio da Secretaria de Cultura objetivou a circulação de programação teatral gratuita em diferentes espaços culturais da cidade. Além da frente popular de Teatro de Rua composta pelo MTR-SP, MTR-GRU e RBTR, a 11ª Mostra contou com o apoio do Sesc Guarulhos, Sincomércio Guarulhos, Camasi Guimarães, Higie Topp e Veolia.
 



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