Na tarde desta quarta-feira (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas, coordenadores pedagógicos e diretores da rede municipal de ensino participaram do Cine Debate, no Teatro Adamastor, com a exibição do filme A Última Floresta, vencedor da categoria Melhor Documentário do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano de 2022. O longa-metragem acompanha a batalha do xamã Davi Kopenawa, também roteirista, para manter vivos os espíritos da floresta e as tradições do território amazônico Yanomami, enquanto a chegada de garimpeiros ameaça a comunidade.

As reflexões foram compartilhadas na presença do diretor do filme, Luiz Bolognesi, e da produtora cultural e ativista indígena Beatriz Pankararu, da reserva indígena Filhos Desta Terra. “No cinema há a possibilidade de falar com muita gente. Sinto que é semelhante à sala de aula, que também é um lugar de transformação. Este trabalho foi feito com o interesse de nos aproximar dos povos originários, que nos formaram, e estabelecer uma ponte, com outro olhar”, disse o cineasta.

Os participantes se emocionaram ao acompanhar os costumes e a relação com a natureza e debateram soluções para que a sociedade contribua para um futuro mais sustentável, com respeito à importância dos povos indígenas, principalmente no que diz respeito à preservação das florestas tropicais.

A ação integra a programação do Agosto Indígena 2023, agenda prevista na lei 11.645/08, e visa a ampliar e ressignificar olhares sobre a história dos povos indígenas a partir de suas narrativas. Sob o tema “Saberes Indígenas: Conhecer, Valorizar e Preservar”, alunos e educadores da rede municipal, em parceria com o Sesc Guarulhos, estudam neste mês a literatura indígena como movimento de resistência. Confira a programação completa em https://bit.ly/agostoindigena2023.