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Alunos da EPG Amélia Duarte vivem experiência literária antirracista



Por Danielle Andrade
Publicado em 27/11/2024
Editado em 03/12/2024, às 15:05

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Os alunos do 5º ano da EPG Amélia Duarte, localizada no Jardim Ponte Alta, têm vivido uma experiência literária enriquecedora, com base numa educação antirracista na perspectiva dos direitos humanos durante o ano letivo. A professora da turma, Delma Silva Alves, costuma apresentar histórias de personagens das mais diferentes culturas, etnias e realidades, que ajudam as crianças a desenvolverem a empatia e a inclusão e a valorizarem a beleza da diversidade.

O projeto pedagógico está pautado na lei federal 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, contribuindo para uma educação mais inclusiva e consciente focada na desconstrução do racismo.

“Como professores, precisamos criar um ambiente escolar em que todos os educandos se sintam valorizados, respeitados e representados, independentemente de sua origem étnico-racial. Em um mundo cada vez mais globalizado e diverso, a educação antirracista reflete esse compromisso com a equidade e a justiça social”, explica Delma.

Protagonismo dos educandos

Os alunos participam ativamente das atividades com bastante entusiasmo ao realizar pesquisas sobre personalidades negras influentes na História, na ciência, na arte e no esporte, entre outras intervenções pedagógicas. Independentemente do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, no cotidiano escolar o ensino é reforçado continuamente pro meio do uso de literaturas relevantes que apresentam protagonistas negros e livros paradidáticos.

Um dos trabalhos elaborados foi a criação de um painel com capas de livros de personalidades negras lidos e trabalhados em sala de aula com o objetivo de promover o hábito e o prazer pela leitura, incentivando o compartilhamento de experiências literárias entre o grupo. “Ao visualizar as capas dos livros os alunos podem relembrar histórias, associar obras a temas discutidos e despertar o interesse por novos títulos”, explica a professora Delma. O trabalho foi realizado em quatro aulas e na última aconteceu um seminário, em que cada aluno teve a palavra.

Além disso, a atividade estimulou o desenvolvimento da comunicação oral e escrita à medida que cada aluno pôde compartilhar suas impressões sobre os livros lidos e ouvir a opinião dos colegas, o que fortaleceu o senso crítico e a compreensão textual ao longo das aprendizagens.

Representatividade

Para ampliar as discussões sobre identidade, pertencimento e cultura, além de fortalecer a autoestima de crianças negras, que se veem representadas em histórias, a ação contemplou diversos livros infantis, dentre eles Com qual Penteado Eu Vou?, A Mesma Nova História, Os Tesouros de Monifa, Amoras, Procura-se Carolina, É o Tambor de Crioula!, O Coração do Baobá, Vovô Mandela e Quanta África tem no Dia de Alguém?.

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