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Aluna do 5º ano escreve história e transforma colegas da turma em personagens de conto de terror



Por Carla Maio
Publicado em 12/08/2025
Editado em 12/08/2025, às 9:34

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Ela tem 10 anos, é aluna do 5º ano do ensino fundamental da EPG Vicente Ferreira Silveira, na região do bairro dos Pimentas, e tem um sonho: tornar-se desenhista. Laura Maria Oliveira dos Santos começou a escrever aos 4 anos e sempre contou com o apoio de sua mãe. Apesar de tímida, ela é bastante comunicativa e, logo nos primeiros minutos de conversa, revela que foi a aptidão em desenhar que lhe despertou para a possibilidade de criar histórias.


Foi depois de uma sequência didática sobre gêneros textuais, na qual a professora Amanda Moreira falou sobre o gênero conto, que Laura teve a brilhante ideia de criar sua própria história, com enredo e personagens que estavam ali mesmo diante de seus olhos. E foi assim que os colegas da turma do 5º C tornaram-se as personagens de "A Sala que Nunca Dorme", série de terror infantojuvenil com cinco capítulos tenebrosos, divertidos e com muitas aventuras.

“Como minha sala está estudando este tipo de história, fiquei pensando como podia fazer, então, decidi pegar os colegas da minha turma e coloquei na história”. As personagens de "A Sala que Nunca Dorme" passam por situações inusitadas depois que a porta da sala se fecha repentinamente e eles ficam presos do lado de dentro. Em um período de tempo anacrônico, eles têm que enfrentar seus medos, lidam com lousas, cadernos e giz que têm vida própria, sombras e espelhos assustadores, labirintos, e portas e passagens secretas que não os levam a lugar nenhum.

“Quando eu era pequena, gostava muito de histórias de suspense, mistério e de terror, normalmente eu lia muitos livros desse tipo. Quando eu cheguei no 1º ano, gostei muito de aprender a escrever. Eu sempre escrevi muito, sempre quando alguma coisa misteriosa acontecia”, disse a menina, justificando sua predileção pelos contos de terror.

Leonardo Santos de Araújo, 11, colega de classe da Laura, gostou muito da ideia de transformar os colegas da turma em personagens do livro. Apesar de eu ser um personagem medroso, achei a ideia muito boa, a história é bem criativa e os desenhos são muito bem feitos, todo mundo gostou. Não senti medo da história porque entendi que assombração não existe”, disse o aluno. 

A professora Amanda ficou muito satisfeita com a autonomia de Laura em relação à escrita e principalmente pela proposta de trabalho com os gêneros com as crianças desde o início do ano, na qual explorou as estruturas textuais, a parte gramatical, a pontuação, leitura e entonação. “O trabalho com os gêneros está alinhado ao currículo da rede municipal para todos os anos, mas com as turmas do 5º ano ele deve ser potencializado para desenvolvimento da autonomia em relação à escrita. Pensando nos gêneros propostos nas avaliações, ofereci poemas, regras de jogos e segui para os contos. Assim, percebi que os contos de assombração despertaram a criatividade e curiosidade dos alunos”, explicou a docente.

Em rodas de conversa com os alunos, prática bastante comum para fomentar o protagonismo dos educandos em relação ao seu aprendizado, a professora conta que costuma dizer a eles que todos podiam ser o que quisessem, inclusive escritores. “Então, um dia, a Laura me contou que escreveu um conto e  depois que li, achei maravilhoso. Pedi que ela fizesse a leitura para a turma e, a cada capítulo da história que ela criava, me surpreendia cada vez mais com sua criatividade e inteligência, sobretudo pela forma como ela escreveu a história, como muitos adultos não escrevem”. 


Para Laura, escrever e desenhar são saberes altamente satisfatórios. “Ao mesmo em que pratico a minha escrita, aprendo quais palavras estão certas ou erradas e quando devo ou não usar as vírgulas, enquanto crio as histórias também posso avançar na técnica do desenho, aprender as proporções”.

Clique aqui e leia o conto A Sala que Nunca Dorme. 




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