Por Danielle Andrade
Publicado em 22/11/2024
Editado em 22/11/2024, às 15:09
Para destacar a riqueza e a resistência da cultura afro-brasileira e a desconstrução de práticas preconceituosas, na última quarta-feira (20) a EPG Aristides Castelo Hanssen, no bairro Cidade Seródio, promoveu um evento repleto de atividades culturais em comemoração ao Dia da Consciência Negra. A programação do projeto Um Castelo de Sonhos contou com diversas atrações para os alunos, incluindo música, dança e exposição dos trabalhos desenvolvidos durante o 2º semestre deste ano.
O professor e capoeirista Juliano Alves da Silva, conhecido como Faísca, foi convidado para a realização de uma oficina de capoeira, mostrando um pouco das culturas africana e brasileira. A atividade abordou a história da capoeira e de que forma surgiu essa expressão cultural e esportiva no país. Por meio de dança, música e canto, as crianças participaram de uma aula mostrando os movimentos básicos e conheceram a história do berimbau, entre outros assuntos.
“Algumas turmas ensaiaram músicas para cantar e se apresentaram. A turma do 5º A entoou a música Canto das Três Raças, de Clara Nunes. Houve ainda a apresentação da turma do 5º C com o ritmo musical africano chamado Ijexá, que são movimentos que reverenciam a natureza”, explicou a coordenadora pedagógica da escola, Marianna Lima Moreira.
Planejamento
O projeto Um Castelo de Sonhos surgiu após o mapeamento da comunidade escolar para superar necessidades pedagógicas na alfabetização durante o processo de ensino e aprendizagem dos educandos. A proposta foi dividida em quatro partes: tecnologia, sustentabilidade, metodologias de aprendizagem e diversidade.
O trabalho teve início no primeiro semestre com rodas de conversa com as turmas. Já no segundo semestre houve a participação da professora Gleicy Lopes do Nascimento, com a formação em hora-atividade sobre letramento racial para a equipe escolar. Foram realizadas formações com os professores sobre o tema com foco na lei 11.645/2008, a qual tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.
“Nossa escola é composta de alunos diversos e fazemos parte de uma sociedade diversa, portanto precisamos ter um olhar mais humanizado como educadores, observando nossas práticas docentes e fazendo com que as crianças compreendam o reconhecimento das diferentes identidades humanas, desconstruindo práticas racistas, homofóbicas e xenofóbicas”, ressaltou a coordenadora pedagógica Marianna.