Publicado em 22/08/2025
Editado em 25/08/2025, às 15:31
Professores da área de natureza e sociedade da Educação de Jovens e Adultos e alunos participaram na noite desta quinta-feira (21) de uma roda de conversa no Centro de Educação Ambiental (CEA) Virgínia Ranalli, no Bosque Maia, atividade que integra a programação do Agosto Indígena da Secretaria de Educação. A partir do tema Cosmovisão, luta e resistência dos povos indígenas, o encontro contou com bate-papo com Rafael Martins, historiador e indigenista do Conselho Missionário Indigenista (CIMI).
Coordenado pela Secretaria de Educação, o encontro teve como finalidade promover momentos de escuta e reflexão sobre os processos de resistência e reexistência dos povos indígenas, suas formas de ver e se relacionar com a natureza, e evidenciar saberes tradicionais subestimados no decorrer da história. Além da equipe técnica da Subsecretaria da Igualdade Racial, o encontro contou ainda com a participação de Fabíola Fabrício Braz, indígena da etnia Pankararu, conhecida como Tingui, que para seu povo significa semente e/ou nariz afilado. "Nós, povos indígenas, muitas vezes curamos a terra, basta ver o que vem acontecendo na Aldeia Filhos Dessa Terra, no Cabuçu, que a cada dia está ganhando mais vida", disse Tingui.
O CIMI foi criado em 1972, quando assumiu como compromisso a causa indígena dentro de uma perspectiva mais ampla de sociedade democrática, justa e solidária, que se constitui de forma pluriétnica e pluricultural.
“O encontro reafirmou a importância de ampliar as práticas pedagógicas, buscando pautá-las em novos olhares e compreensão sobre a história e culturas indígenas, reconhecendo a contribuição dos povos indígenas para todos enquanto sociedade, suas lutas pela manutenção de saberes ancestrais e modos de vida, os quais têm construído experiências sustentáveis que podem orientar nossas escolhas futuras e assegurar a existência humana”, observou Cláudia Lucena, chefe de seção técnica na Divisão de Políticas para Diversidade e Inclusão Educacional.