Arthur Levy, 04 anos

Arthur tem uma relação de concentração, pois é uma criança expressiva corporalmente, demonstrando a necessidade de constante movimento, deste modo, a ação de desenhar é o momento da calma, do respiro, do intervalo entre uma ação
e outra. Quando chegou sua vez de desenhar, demonstrou entusiasmo ao fazer “Professora, eu quero desenhar”. Sentou, diante de sua folha, pegou duas canetinhas e simultaneamente iniciou seu desenho, traçando com as duas mãos. Durante o processo Arthur se manteve em silêncio, mas com o olhar atento para a suas mãos e marcas deixadas na folha. Observei uma brincadeira, brincar
com as mãos, com os movimentos, com a folha e as canetinhas. Como afirma Albano, toda criança desenha, tendo um instrumento que deixe uma marca. Para Iavelberg, ao desenhar o corpo todo participa. No desenho, conseguimos observar formas mais definidas, e em destaque o Saci, que nos remete a uma grande máscara africana. Quando terminou Arthur relatou que desenhou “ O Saci e eu”. O desenho apresenta momento conceitual conforme Iavelberg e está em transição entre “desenho de ação e desenho de
imaginação I”. Ao brincar com as mãos e a conexão do olhar Arthur Levy, reafirma a sabedoria do desenho enquanto direito e liberdade, que não existe modo correto de se expressar, mas distintas e diversas possibilidades de narrar sua história.
Professora Roberta da Silva Pereira

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