Perola

As coletas foram realizadas na E.P.G Manoel Rezende. Desde a coleta inicial, expliquei que eu estava realizando um curso, o quanto as produções deles são valiosas e a necessidade de levar as produções para os meus professores. Quando precisei definir o tema, a princípio pensei em personagens, mas descartei a ideia pois, embora seja uma prática que eles gostem, é algo que eles fazem com frequência e espontaneamente. Fiz uma retomada do nosso percurso escolar, sobre o projeto anual da escola, sobre as temáticas do Agosto Indígena, do Novembro Negro, respeito, empatia, nosso papel da sociedade. Então propus que desenhassem algo que representassem este percurso. Foi ofertado e colocado à disposição folhas A3 e A4, giz de cera, lápis de cor, canetinha, régua, lápis de escrever, cola colorida. Os educandos não relataram dificuldade, como é uma temática que dominam, visto que o tema é um apanhado do que foi discutido ao longo do ano letivo, percebi que foi uma atividade prazerosa. Mesmo antes da implementação da rotina alfabetizadora pelo município, que dentre outras coisas indica que o educando deve desenhar diariamente, a turma já tinha na rotina a prática diária de desenho, seja para ilustrar a história deleite, sintetizar algo que estudamos, desenho livre ou para presentear um colega ou um familiar.
O desenho da educanda Perola foi feito em folha A3 e utilizado lápis de escrever e lápis de cor. Trata-se de dois indígenas, um representando a permanência das tradições (pintura corporal, vestimenta) e o outro inserido no contexto social fora da aldeia. Segundo ela, o indígena pode escolher seu modo de vida, onde quer estar, o que deseja ser e fazer.
Professora Aline de Souza Andrade

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