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1º Encontro de Economia Criativa enriquece debate sobre cultura e trabalho



Por Carla Maio
Publicado em 24/04/2019
Editado em 17/01/2020, às 12:18

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Debater sobre os mecanismos que envolvem a gestão pública da Cultura à luz de sua relação com os aspectos de geração de renda e trabalho. Na manhã da última terça-feira (23), a Prefeitura realizou o 1º Encontro de Economia Criativa de Guarulhos na Biblioteca Monteiro Lobato, evento que contou com a participação de especialistas do setor criativo, além das presenças do Secretário de Cultura, Vitor Souza, da Secretária do Trabalho, Telma Cardia, e do vice Presidente da Câmara Técnica de Cultura da Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) e Secretário de Cultura de Poá, Mário Sumirê. 

De acordo com o Secretário Vitor, o debate sobre Economia Criativa é fundamental por aproximar visões sobre a economia de cidades que também têm o desafio de se reinventar. “É uma experiência que vem acontecendo em todo o mundo, uma discussão na qual cidades pioneiras já puderam observar ótimos resultados, uma forma de estreitar essa relação entre cultura e trabalho que faz bastante sentido para o munícipio de Guarulhos”, disparou o Secretário, enfatizando o protagonismo de Guarulhos na abertura de diálogo com os municípios vizinhos.

À frente da Secretaria do Trabalho, Telma Cardia tratou dos desafios que se impõe aos governos diante do grande número de pessoas desempregadas, que buscam novas qualificações e outros postos de trabalho: “O Poder público tem a obrigação de encontrar caminhos para que as pessoas possam garantir o sustento de suas famílias e somente por meio de ações conjuntas e alinhadas entre as secretarias, vamos conseguir resolver tal problemática em nossas cidades”, observa Telma, ressaltando ações da pasta, como por exemplo, o cadastro de artesãos, iniciativa permanente no município de Guarulhos. 

Temos um sonho

Em Guarulhos, o Projeto Tear, serviço da rede de atenção psicossocial da Secretaria da Saúde, consolida¬-se como uma iniciativa pública de geração de trabalho e renda a partir da aproximação com o campo da economia solidária. Denise Antunes, coordenadora do Projeto, apresentou aos participantes do 1º Encontro de Economia Criativa de Guarulhos resultados bastante exitosos sobre a iniciativa, criada no município em 2003. 

“O Tear tem como foco principal a inclusão social por meio do trabalho, cultura e convivência. Esse trabalho dialoga bastante com as políticas intersetoriais, que nos aproxima da Cultura, Trabalho e Meio Ambiente, secretarias que nos ajudam a desenvolver práticas, como as oficinas de inclusão pelo trabalho e culturais. O Tear também tem forte aproximação com valores da criatividade, entendida nesse contexto como um valor protetivo da saúde”, explicou a coordenadora. 

O encontro fez ainda escolhas assertivas ao trazer convidados cujas experiências e trajetórias profissionais colaboraram, sobremaneira, com a diversidade de temas. A partir do enfoque da concepção do “outro”, de estratégias de desenvolvimento sustentável e da elaboração de políticas públicas para a inclusão social, Solange Aparecida de Lima, consultora e assessora da área, apresentou aos participantes do encontro diagnósticos e aspectos relevantes sobre o panorama da Economia Solidária. 

“Essa é uma das formas possíveis que os trabalhadores encontram para se organizar coletivamente, a partir de uma atividade econômica altamente diferenciada para gerar trabalho e renda”, explicou Solange na abertura do encontro, pautando a discussão em valores como solidariedade, igualdade, cooperação e democracia. 

André Pomba, empreendedor cultural e ex-diretor do Proac-SP, compartilhou com os participantes experiências de projetos desenvolvidos na área, como por exemplo, o extinto projeto SP Cultura no Metrô, que abriu espaço nas estações da capital para que bandas de rock pudessem se apresentar, e o case da cidade de Santos, que passou a confeccionar suas próprias fantasias de Carnaval, gerando trabalho e renda para as costureiras locais.

“Ações como essas foram essenciais para viabilizar e fomentar projetos com artistas e músicos, valorizando a produção local e criando formas de gerar trabalho e incentivar a criatividade, o que transformou positivamente muitos cenários”, explicou Pomba.

Consultor da Sunrise Digital, Everton Soares, o Dj Pardal, apresentou relatos da implementação do Projeto Criado em Sampa, responsável pela criação e desenvolvimento de negócios na área da Economia Solidária, fomentando o empreendedorismo. “Patente, marca, propriedade intelectual, formação jurídica e tipos de empresas são alguns dos temas abordados durante os módulos do The Studio, metodologias que permitem ao empreendedor planejar o negócio e descobrir suas potencialidades”, explicou Everton, falando da importância do artista reconhecer-se como empreendedor cultural. 

Economia Criativa

Economia criativa é o conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade que gera valor econômico. Em 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 21 de abril como data oficial para celebrar o Dia Mundial da Criatividade. A iniciativa celebra o uso da criatividade e inovação para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU em 2015 para “assegurar uma vida saudável, promover o bem-estar para todos, proteger o patrimônio cultural, reduzir impacto ambiental, gerir melhor recursos e resíduos”.


 




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