No último dia 23, o Secretário de Cultura, Vitor Souza, e representantes da pasta participaram do evento de posse dos novos representantes do Conselho Municipal de Participação da Comunidade Nordestina da cidade de Guarulhos, que aconteceu no Centro Municipal de Educação e Artes - Cemear. Os representantes, escolhidos durante eleição que aconteceu em dezembro do ano passado, assumem o mandato até 2021. José Herbert Seabra, atual Presidente do Conselho, também participou da solenidade.

O Secretário de Cultura, Vitor Souza, lembrou a importância da função de conselheiro, que nesse contexto deve atuar na fiscalização da criação de mecanismos de divulgação da Cultura Nordestina na cidade de Guarulhos: “Na função de conselheiros, eles podem, por exemplo, sugerir projetos de assistência ao migrante, bem como propagar usos e costumes nordestinos”, explica o Secretário, baseado na Lei Municipal nº 6.182, de 2006.

A posse desses novos conselheiros marca ainda a reativação e continuidade de importantes conselhos municipais ligados à Secretaria de Cultura, como o Funcultura, o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) e o Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural do Município de Guarulhos (CMPHAACMG), além do próprio Conselho Municipal de Participação da Comunidade Nordestina, cujas atividades têm grande êxito desde sua criação. 

Para abrilhantar ainda mais o evento e oferecer aos participantes um rico recorte da cultura nordestina no município de Guarulhos, a posse dos novos conselheiros contou ainda com as apresentações culturais do poeta cordelista Bosco Maciel, dos alunos do Colégio Brotero com canções nordestinas, como Asa Branca, de Luiz Gonzaga, belamente executada com flautas, e do Grupo Almanaque, do Conservatório Municipal de Guarulhos, que sob a coordenação do Professor Norberto Queiróz, também apresentou repertório nordestino, com músicas de Baden Powell (Berimbau) e Hermeto Pascoal (Forró Brasil). 

Segundo dados do Censo do IBGE de 2010, a cidade de Guarulhos é a segunda maior do Estado de São Paulo em número de migrantes nordestinos. Esse processo migratório, que teve início ainda na época do império e se intensificou entre as décadas de 1950 e 1970, por conta da construção da Via Dutra, é responsável por um legado cultural riquíssimo, tanto na diversidade culinária quanto na música, usos e costumes.