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Casa da Vó encanta visitantes do Museu Histórico da Vila Galvão



Por Carla Maio
Publicado em 27/05/2019
Editado em 16/01/2020, às 14:58

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Cheiro de café, o bolo assando no forno, o piano no canto da sala, os adultos conversando na cozinha enquanto a criançada brinca no quintal. Essas são algumas das memórias que o Museu Histórico Municipal de Guarulhos deseja despertar nos visitantes da Casa da Vó. Recém aberto à visitação na última sexta-feira (24), o espaço conta com adereços intrigantes, de móveis e objetos de época a álbuns de fotografias, tudo isso disponível para que os mais jovens possam conhecer ao mesmo tempo em que  os adultos se emocionam. 

De acordo com o Secretário de Cultura, Vitor Souza, a criação desse novo espaço tem como objetivo mostrar às pessoas que o museu não é um lugar onde objetos antigos ficam expostos: “Queremos criar uma nova dinâmica de visitação do Museu Histórico, oferecendo ao público um local interativo, repleto de histórias e novas descobertas sobre a região da Vila Galvão e também da cidade como um todo”, observa o secretário, lembrando das sutilezas da casa das avós, um lugar onde, segundo ele, “quase tudo é permitido”, brinca.

A visitação ao Museu é completamente gratuita e acontece de terça a domingo, das 9h às 21h. Para Araci Borges, uma das idealizadoras do espaço, a visitação torna-se ainda mais interessante à medida que os visitantes apreciam narrativas de vidas e também contam suas próprias histórias. 

“A nova configuração do Museu apresenta a Casa da Avó, um espaço que reproduz com carinho o que esses ambientes ainda têm de mais agradável, principalmente para as crianças, que podem conhecer objetos de época. Aqui, tudo foi pensado para despertar recordações e emoções nas pessoas”, explica Araci, lembrando que durante a visita é possível interagir com o mobiliário antigo, manusear álbuns de fotografias e porta-retratos, tirar selfies dos objetos e provar alguns figurinos da década de 1920.

Memórias afetivas 

Durante a abertura da Casa da Vó, os alunos do 4º ano da EPG Moreira Matos também aproveitaram para identificar alguns itens comuns da casa de suas próprias avós. A maioria, contudo, estranhou grande parte dos adereços: “É bem diferente da casa da minha avó, observou Angélica Cristine, de 9 anos, “mas o sofá é quase igual”. Já Lucas Barbosa, 10, encontrou um objeto idêntico ao da casa dos avós maternos: “Na casa da minha avó também tem esse armário com vidros e copos, esse aqui também é muito bonito”, explica o menino ao mirar a cristaleira, com olhos brilhantes.

Nesse lugar, carinhosamente pensado para despertar sensações, cada item conta uma história. O telefone, o gramofone, os lustres, os sofás, a cristaleira. Essa verdadeira invocação do passado deixou as crianças deslumbradas e, à medida que ouviam a história que a arte-educadora Wânia Karolis contava, elas se deixavam levar pela imaginação e, logo, já estavam contando histórias elas mesmas, envolvidas com as músicas e debatendo sobre temas como respeito, amor próprio, a importância do ouvir e o momento correto de falar. Nesse caldeirão de ideias, não faltaram bons sentimentos como amor, alegria, felicidade, amizade, paz.

Ana Maria Costa Carvalho, professora da turma do 4º ano, falou sobre a intensa rotina de leituras realizadas pelas crianças, em sua maioria de obras com histórias de aventuras e fábulas: “É sempre bom quando alguém nos conta uma história. Ao recontar o que leem nos livros, os alunos desenvolvem habilidades de argumentação, importante para a elaboração de produções escritas e do raciocínio lógico”, pontua a professora, lembrando que turma ficou responsável por compartilhar informações sobre a visita ao Museu Histórico com os colegas das outras turmas. 

Sobre o momento de contação das histórias, a aluna Kamila Domingos, 9, conta que se lembrou do que costumava ouvir antes de dormir: “Eu gostei muito daqui, o que eu senti é que parece muito com a casa da minha bisavó, mas eu gostava mesmo era das histórias que ela contava antes da gente ir dormir, mas não eram só histórias, ela contava aquilo que tinha acontecido na vida dela”, conta Kamila, lembrando que faz algum tempo que não visita sua avó. 


 



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