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Da arbitragem ao jogo, colaboração e trabalho em equipe marcam participação de alunos surdos no JEM 2023



Por Carla Maio
Publicado em 29/08/2023
Editado em 11/10/2023, às 15:22

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A participação dos alunos surdos da EPG Crispiniano Soares na modalidade Pique Bandeira, durante a Etapa Regional do JEM 2023 na última sexta-feira (25), no Ginásio João do Pulo, foi marcada por muita colaboração e trabalho em equipe. Alinhada à concepção de Educação Inclusiva da rede municipal, as atividades propostas pelos jogos escolares têm como foco a garantia da participação dos educandos com deficiências em todas as fases do evento, desde as atividades que aconteceram na escola aos eventos da Etapa Regional.

Em meio aos destaques dos jogos, a arbitragem desta sexta-feira, realizada pela professora Cathi Domingos se tornou um capítulo à parte. Especialista de Educação física na rede há 13 anos, Cathi é Coda (Child of Deaf Adults), e como filha de mãe surda, é usuária da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Ela conta que nunca teve a oportunidade de dar aula pra alunos surdos.

“Achei incrível ver tantas crianças surdas, pois sempre convivi com adultos surdos. Me empolguei perguntando tudo sobre eles, se já conheciam os jogos que iam acontecer ali e dois ou três já tinham conhecimento do Pique Bandeira. Nas arquibancadas acontecia uma interação com os alunos ouvintes, que sabiam algumas palavras em libras e começou ali uma experiência inesquecível. Descemos para jogar e foi muito interessante explicar as regras e o desenvolvimento das crianças nas partidas, a brincadeira indígena com peteca, o silêncio misturado com os gritos da torcida, o movimento corporal, a professora e a intérprete e o não uso do apito”, vibrou Cathi.

As aprendizagens que as atividades do JEM proporcionam aos educandos têm como foco a concentração, a compreensão das regras dos jogos e o trabalho em equipe. 

“O JEM faz parte de mais uma das ações de interação entre os educandos surdos e ouvintes que acontece de forma diferenciada e intensa. E mesmo diante da euforia dos educandos ouvintes, dos apitos e gritos da torcida que os educandos surdos chamaram a atenção de todos, pela forma como se apoiavam e torciam uns pelos outros, uma participação cheia de interesse e compreensão de que não importa se você ganhou ou perdeu, o importante era estar ali, jogando e interagindo com todos”, contou emocionada Emylle Cabral, Chefe de Seção Técnica responsável pelos programas bilíngues das classes de surdos e Intérprete de Libras do DOEP (Departamento do Orientações Educacionais e Pedagógicas).

De volta à escola, a professora da turma da classe bilingue de surdos da EPG Crispiniano Soares, Aretê Azevedo, retomou a participação dos alunos nos jogos, compartilhou fotos e conseguiu devolutivas bastante interessantes sobre a visita ao João do Pulo, e principalmente sobre o jogo de petecas e a relação que os alunos fizeram com as atividades do Agosto Indígena, realizadas dias antes. 

“Eles estavam muito empolgados e radiantes, cantaram o Hino Nacional, receberam medalhas, fizeram novos amigos das demais escolas e ficaram muito felizes por encontrar a professora Cathiane, que estava pronta para ajudá-los durante os jogos”, comemorou Aretê.

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Fotos: Camila Rhodes/SE


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