Temática:
Ambiental
Tecnologia
Recurso(s):
Reciclagem
Autor(es): Rosana de Fátima Romero Bononi
Colaborador(es): Gestão escolar e familiares
Escola: EPG INEZ RIZZATTO RODRIGUES
Justificativa:
Através de aulas práticas com ações voltadas para a sustentabilidade, busco ajudá-los a refletir sobre o ciclo da vida, a dependência que todos os seres têm uns dos outros, que nós fazemos parte deste sistema e sendo assim, é nosso dever mantê-lo equilibrado. O esgotamento dos recursos que o nosso planeta oferece também faz parte das nossas aulas. Desenvolvemos ações práticas na escola que se estendem aos seus lares, a comunidade e a um espaço muito especial, a casa do Tio Ivan (um morador da comunidade). Utilizando os conhecimentos adquiridos num curso (Professor que Inova) desenvolvemos um subprojeto onde procuro incentivá-los a ser criativos pensando na bioeconomia, evitando o consumismo e o desperdício, dentre outras coisas.
Objetivos:
Compreender que muitos recursos naturais utilizados em nosso Planeta são esgotáveis;
Perceber a necessidade de ações sustentáveis e inovadoras para manter o equilíbrio do ecossistema;
Incentivar criações e inovadoras pautadas no princípio da robótica;
Compreender a importância da bioeconomia.
Metodologia
Partindo de um livro, “Robô Selvagem”, de Peter Brown, que li para a turma no primeiro semestre, refletimos sobre as ações criativas e inovadoras da Robô fazendo um comparativo com ações criativas e inovadoras que muitas pessoas desenvolveram, para também superar situações que exigiam mudanças, passamos a ter um olhar diferenciado, enxergando possibilidades novas para objetos considerados descartáveis pelos nossos familiares ou pela comunidade. A ressignificação desses objetos, através do Mão na Massa, proporcionou momentos de produções criativas e inovadoras.
Através das metodologias ativas (Sala de aula invertida, rotação por estação, a científica, estudo de caso, aprendizagem em pares ou equipes e mão na massa) busquei proporcionar condições de aprendizagem na prática, com pesquisas, momentos de reflexões, troca de experiências.
Foram utilizadas diversas estratégias, entre elas, trabalho em grupo. Com os alunos organizados em grupos, propus um desafio: que pesquisassem projetos construídos com materiais de baixo custo (reuso) e escolhessem um projeto que apresentasse algum tipo de movimento para desenvolver em sala.
Resultados observados:
Alunos motivados para inovar;
Descobertas sobre como as coisas funcionam;
Aprofundamento dos conhecimentos sobre ecossistema, ações sustentáveis;
Desenvolvimento de aprendizagens e saberes para trabalhos cooperativos, condutas adequadas para liderança nos trabalhos em equipe, autonomia e responsabilidade;
Novo olhar para o que antes era considerado “lixo”;
Construção da Robô Selvagem com engrenagens e circuito de energia em série;
Construção de protótipos: robisco (robô que rabisca) com motor elétrico; braço robótico hidráulico com seringas e papelão; Jogo de futebol com imãs; construção do Noção básica de programação (Scratch) nos netbooks; carrinhos de sucata com movimentos causados por energia elétrica e com pressão elástica; circuito de energia simples e em série;
Participação da turma na Expo Criatividade 2019, para expor os materiais produzidos;
Avaliação
Os grupos realizaram uma autoavaliação, analisando o desenvolvimento dos projetos quanto a:
Organização do grupo;
Organização dos materiais;
Distribuição de tarefas;
Grau de desperdício;
Dificuldades encontradas;
Soluções para os problemas;
Sugestões para inovação do projeto;
A seguir, temos dois exemplos da avaliação realizada pelos grupos. Selecionamos os textos considerando que um grupo desenvolveu as ações de forma sincronizada, enquanto o outro apresentou dificuldades de organização e desenvolvimento do projeto.
Autoavaliação do grupo que desenvolveu o projeto Super Mário,
formado por seis estudantes.
“Vimos vários vídeos de projetos no Youtube. Após escolhermos um e nos organizamos facilmente. Separamos os materiais necessários, distribuímos as tarefas e todos realizaram com prazer. Desperdiçamos um pouco de papelão, pois tivemos de refazer algumas peças. Ao desenvolvermos o projeto encontramos algumas dificuldades, a maior foi encontrar um fio de náilon mais fino, o nosso era muito grosso e não dava certo. Já estávamos sem esperança quando a Maria nos salvou aparecendo com seu náilon neon. Precisamos fazer uma adaptação na rodinha que girava o náilon. Para o fio não ficar escapando acrescentamos uma tira de EVA. Melhorou, mas ainda apresentava problemas. Através de uma pesquisa vimos uma possível solução para o nosso problema, duas tampinhas grandes e uma pequena pode facilitar a movimentação do fio. Esta é a nossa sugestão para aperfeiçoar o projeto.”
Autoavaliação do grupo que optou pela confecção do Carrinho com motor elétrico, formado por seis estudantes:
“A escolha do projeto foi fácil, gostamos de um que a professora mostrou através de um vídeo. Mas a organização do nosso grupo não foi como esperávamos; todos concordaram com a distribuição das tarefas, mas algumas pessoas não fizeram sua parte e outras queriam fazer tudo, não deixando o outro participar. Esta situação acabou sobrecarregando alguns. Organizamos facilmente os materiais, mas desperdiçamos alguns, principalmente palitos, pois perdíamos peças ou quebrávamos palitos durante a construção. Ao instalarmos o Scopabtis tivemos um pouco de dificuldade, dava mau contato. Quando concluímos o projeto, nos decepcionamos, ele não se movimentou como esperávamos. Tentamos perceber o motivo, mas não conseguimos. Uma colega sugeriu trocarmos a posição da hélice, mudando de trás para frente.”
Avaliação coletiva:
Após compartilhamento das autoavaliações, refletimos coletivamente, buscando valorizar os pontos positivos e apontar sugestões para o aprimoramento dos pontos negativos.