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Desenhos produzidos por alunos são retratados em muro da EPG Paulo Freire



Por Danielle Andrade
Publicado em 17/02/2023
Editado em 11/10/2023, às 16:31

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A volta às aulas foi marcada por muita alegria e emoção para os estudantes da Escola da Prefeitura de Guarulhos (EPG) Paulo Freire, no bairro Cidade Soberana. As crianças ficaram encantadas quando viram a nova fachada da escola, que recebeu uma pintura autêntica e colorida dos artistas visuais Fernando Manuel (@fnd.graff) e Drik Morenah (@drik775) com base nas ilustrações realizadas no final do ano letivo de 2022 por cerca de 900 alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

A ideia de retratar os desenhos surgiu da equipe escolar com a proposta de ressaltar com criatividade o protagonismo dos alunos, marcar a identidade da escola, além de oferecer um espaço convidativo e agradável para estudantes, professores, funcionários e comunidade.

“Como o muro da escola já precisava ser revitalizado, conversamos com os professores para que todas as turmas participassem dessa transformação. Posteriormente, de forma democrática, os próprios alunos escolheram um ou dois desenhos que deveriam ser retratados no entorno da escola”, destacou a diretora Miriam Leite.

A atividade foi baseada no tema alegria, que foi escolhido para que os desenhos fossem bem coloridos e diferentes um do outro. "O resultado foi incrível, foram diversos tipos de ilustrações, como o tema da Copa do Mundo (do Catar) que estava acontecendo na época (entre novembro e dezembro de 2022), momentos em família, entre outros”, explicou Ana Paula Riberti, coordenadora pedagógica da escola.

O entusiasmo do aluno Maycon Gee Oliveira, de seis anos, contagiou toda a família assim que ele avistou o seu desenho no portão da garagem da EPG. “Quando estava passando na frente da escola vi o meu desenho e mostrei para todos. Eu desenhei o carro do meu pai e eu. A pintura no muro ficou igual”, disse Maycon, que atualmente está no 1º ano.

O mesmo aconteceu com a aluna do 2º ano Ana Carolina Medeiros, de sete anos. “No dia da reunião de pais eu observei que meu desenho estava lá e fiquei muito feliz. No meu desenho apareço junto com a minha família e meu cachorro ao lado de casa. A alegria que eu tenho é ficar com a minha família, é um sentimento muito bom”, disse.




Valorização das diferenças      

Com o compromisso de incluir todos os estudantes, a atividade em classe foi além dos muros da escola, como ocorreu com a aluna Sophia Correia Alves, de sete anos, do 2ª ano, que possui uma doença rara chamada Tay-Sachs juvenil, que pode causar o aparecimento de uma mancha vermelha no olho, seguida de cegueira, surdez, incapacidade de engolir, atrofia muscular e paralisia. “Quando a Sophia chegou à escola ela frequentou as aulas por uns dois meses e na sequência veio a pandemia, então passou a participar das atividades remotas. No entanto, quando ela ficou impossibilitada de retornar às aulas presenciais, a professora Lilian (Costa Silva) começou a realizar o atendimento domiciliar por três vezes na semana”, recordou Marilene Correia, mãe da Sophia.     

Sendo assim, a aluna continuou inserida nos projetos escolares por meio da atenção e do acolhimento da professora Lilian e o apoio da gestão. “Toda a turma conhece a história da Sophia, sabe quem ela é por meio de fotos. Nós sempre trabalhamos a diversidade e a inclusão, a importância do respeito, o combate à discriminação, ser uma escola para todos. Então combinamos com toda a turma que o tema da nossa sala seria fazer um desenho da Sophia e a mãe dela escolheria o desenho que seria pintado. Foi emocionante para a família ver a ilustração retratada na fachada da escola”, contou a professora.

A atividade está pautada na equidade, visando à igualdade de oportunidades, conforme a proposta curricular da rede municipal, que reforça a valorização das diferenças humanas, considerando as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais, de gênero e de identidade dos seres humanos, sem exceções.

Marilene Correia destacou, ainda, o empenho da equipe escolar e a importância de falar sobre essa doença, desconhecida pela maioria da sociedade. “Eu só tenho a agradecer o trabalho realizado pela professora Lilian e pela escola. Mesmo com todos os desafios enfrentados ela sempre demonstrou muita dedicação com a minha filha. Ela aprendeu do que a Sophia gostava, como as contações de histórias e os momentos de leitura, compreendendo suas necessidades. Inclusive a Sophia recebeu uma camiseta estampada com o desenho que eu escolhi para ficar na memória esse carinho”, agradeceu a mãe da aluna, que recebeu várias fotos da turma reunida na frente da escola ao lado da pintura. 

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