Educação Ambiental das Escolas

A Educadora Ambientalista e Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Léa Tiriba em seu texto “Crianças na Natureza” apresenta três pontos para repensar as propostas do trabalho pedagógico na infância: O primeiro deles fala sobre a importância de “religar” as crianças à natureza, de acordo com ela, este ponto nos convida desenvolver um “novo olhar de admiração, desfrute, reverência e respeito à natureza como fonte primeira e fundamental à reprodução da vida”; o segundo nos convoca a “rejeitar práticas pedagógicas que propõem um conhecimento intelectual e descritivo do mundo natural, tomado como simples “objeto de estudo”, domínio de explorações humanas”, deixando o humano de fora. O terceiro ponto fala do questionamento às práticas e combate ao consumismo, “abrindo espaços e incentivando trocas humanas em que as referências são os seres vivos, não os objetos”. Perene: Que dura para sempre; que é eterno; perpétuo; duradouro.

As práticas de Educação Ambiental no processo de ensino-aprendizagem evidenciam, muitas vezes, o nosso próprio distanciamento do mundo natural, pois envolver os elementos da natureza (terra, mato, barro, etc.) nesse processo, consiste em associar as práticas com sujeira, perigo e doença.

Desde que nascemos, os movimentos corporais são no sentido da exploração dos espaços e de contato com aquilo que nos cerca. Poder estar em contato com o meio é um aspecto crucial para o bom desenvolvimento infantil, é este que oportuniza às crianças explorarem e descobrirem o mundo a sua volta. Conforme nos ensina a educadora citada acima, para uma verdadeira e significativa aprendizagem, é muito importante uma ligação profunda e frequente das crianças com os elementos naturais: sentir a água, o barro, a grama, o vento. Somente assim, nós, seres humanos estaremos em contato com aquilo que também somos – natureza.

Apontando Caminhos

Para ampliar as discussões sobre o desemparedar da infância nas escolas, segue como sugestão, dois vídeos sobre o tema que podem auxiliar na compreensão do tema. Desemparedar as crianças na escola: Em entrevista ao projeto Criança e Natureza, a professora Léa Tiriba chama a atenção para a importância de “desemparedar” as crianças na escola, permitindo que elas se relacionem com os elementos do mundo natural para que possam realizar plenamente seu potencial indo ao encontro de sua própria natureza Entrevista completa no link:

 

Transtorno do déficit de natureza: o que é isso? Em entrevista ao projeto Criança e Natureza, o jornalista e especialista em advocacy pela infância Richard Louv nos guia a uma reflexão sobre as consequências 70 Prefeitura de Guarulhos | Secretaria de Educação de manter as crianças sentadas e fechadas em ambientes escolares ou domésticos. Privadas do contato direto com a natureza e de seus benefícios para a saúde física e psíquica, as crianças podem apresentar sintomas do que Louv denomina como Transtorno do Déficit de Natureza. Entrevista completa no link:

Fonte: Publicação Formação 2020 – Educação Ambiental – p. 68

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