Atitudes solidárias, cooperação, participação e respeito ao outro e a si o mesmo. Na noite da última terça-feira (22), os alunos jovens e adultos da modalidade EJA da EPG Antônio Gonçalves Dias, no Jardim Palmira, experienciaram jogos e brincadeiras da Etapa Escolar dos Jogos Escolares Municipais. Com regras mediadas pela equipe de gestores e professores, os alunos participaram da modalidade Resgate e já se preparam para a Etapa Regional, que tem início na próxima semana, no dia 29 de novembro, a partir das 8h30, no CEU Continental.
“Tanto o professor Rodrigo como toda a equipe da EJA têm se desdobrado para trazer pra gente as atividades do JEM. Ficamos muito felizes em participar. Somos muito competitivos, ninguém gosta de perder, mas aqui na quadra, todos jogam juntos e colaboram uns com os outros”, contou Erinaldo Dias da Cruz, aluno da EJA.
O coordenador pedagógico Paulo Henrique Gonçalves Alves, aponta os desafios da Educação Física na EJA diante da necessidade de despertar o interesse dos alunos por práticas corporais essenciais à vida. “Muitos jovens e adultos não conseguem reconhecer suas possibilidades corporais e costumam oferecer resistências nas aulas práticas. Isso acontece por inúmeros motivos, experiências malsucedidas ou timidez e, ainda, jornadas de trabalho extenuantes. Entretanto, é possível ver o brilho nos olhos dos alunos quando eles tomam consciência de suas capacidades físicas”, conta Paulo.
Em um contexto em que a aprendizagem é o processo em que os sujeitos adquirem e compreendem informações, atitudes e valores, a prática de Educação Física na EJA deve ser integrada a uma visão de mundo e seu corpo, e deve buscar a interação sobre o que o aluno conhece para estimular à prática de hábitos saudáveis.
“A preparação das turmas para a Etapa Escolar mostrou a todos muitos desafios, que vão muito além das diferenças de idade. Eu noto que eles gostam, curtem, abraçam a ideia, se empolgam, tentam mesmo com dificuldades e percebem que muitos são iguais a eles. A socialização no JEM é um elemento muito positivo. Na quadra, as atividades acontecem com colegas das outras turmas, que não se conhecem, mas que acabam conversando e jogando juntos”, comemora Rodrigo De Fraia, professor de Educação Física.
Vale enfatizar que, de acordo com a proposta curricular da rede municipal, a prática de Educação Física na EJA deve considerar o corpo e o movimento como manifestações histórico-culturais construídas ao longo da vida, situadas dentro de um contexto sociocultural.
Fotos: Gezer Amorim/SE